Mar 5, 2005

a montagem.



os dias mais duros na companhia da maldade são os da montagem , 3 a 4 vezes por mês a caravana muda de sítio - exceptuando o verão, quando a companhia se fixa numa qualquer estância de verão a sul e o halloween quando ruma a uma grande cidade - e é preciso levantar a estrutura e esticar o enorme pano que a cobre, monta-se o palco e faz-se correr as bonitas cortinas vermelhas da madame ivil - segundo consta as cortinas são uma reliquia de familia, que viajaram da europa com a avó de mivil (é assim que ela é tratada na companhia da maldade) e estão protegidas por uma qualquer reza cigana que protege não só o seu proprietário como o espectáculo - depois as tarefas tornam-se individuais, dependendo da função de cada pessoa; é tão importante a banca das pipocas estar a funcionar, como o serrote de thomas estar afinado ou o pelo de gigi estar bem escovado. nesses dias de azáfama na companhia não é raro ao final da noite, já com tudo montado, a companhia se juntar numa conversa serena na tenda, uns sentados no estrado, outros no enormes bancos corridos e outros mesmo no chão. essas noites são especiais, as pequenas questões e os grandes problemas do dia a dia como que por magia não entram ali e até, com alguma sorte, se consegue ver o capitão a sorrir.

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