de um momento para o outro a conversa assumiu contornos completamente diferentes e iluminou-se daquelas banalidades cheias de sentido que só um x-generator encontra em temas como gelados-da-olá-que-já-não-existem. para trás tinha ficado um inicio de noite enfadonho, numa enorme festa à beira rio. o carro continuava a rolar pela marginal e os gelados da olá tinham apenas sido o trampolim para um mergulho de mais de uma década...agora, estava estupidamente feliz com a minha condição geração x e toda a situação me transportava para um texto que douglas copland não tinha escrito sobre a abismal diferença entre uns sanjo brancos e uns pretos e a incapacidade que uma amiga dela tinha encontrado em usar os segundos depois de ter tido os primeiros. o brilhantismo das nossas banalidades consumistas tinha-se transformado num back to the future que irradiava felicidade. senti-me bem, ali, há cerca de 10 anos.
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