Apr 20, 2007
abril.
os meus avós, no lado direito da fotografia, provavelmente num almoço no centro de trabalho de benfica, devia eu ter 5 anos. todas as outras caras fazem parte da minha infância e a única que ainda concorre ao grupo dos provavelmente vivos é a pequena sandra. encontrei a fotografia numa caixa cheia de postais, fotos e muita correspondência do meu avô em esperanto, da década de 30 ( que tem a particularidade de ser toda dirigida a mim, ou não tivesse eu o mesmo nome que ele). mas esta foto fez-me recordar um hábito do meu avô que me tinha esquecido completamente; "o diário", impecavelmente dobrado para caber no bolso do casaco - com o cabeçalho obviamente virado para fora - era uma imagem de marca, uma afirmação politica quotidiana.
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4 comments:
que cena fixe, a correspondência em esperanto. :)
lá em casa a leitura era o diário de lisboa e eu ostentava-o debaixo do braço quando atravessava a rua para a paragem do autocarro e passava mesmo em frente da igreja; se por acaso me cruzava com o padre, assobiava a internacional. >:)
acredita, até se conseguem compreender algumas frases e palavras, mas perco o sentido geral dos textos. alguns postais têm caligrafias lindas feitas a canetas de aparo. tenho que por aqui alguns postais.
ya, eu cresci com o diário de lisboa, era o jornal do meu pai e se ainda existisse hoje com a mesma linha editorial ainda seria o meu, quanto ao espirito anti-clerical era muito mais vivo na casa dos meus outros avós no alentejo.
pois, até hoje nenhum jornal me substituiu o DL.
fico à espera de ver esses postais.
:)
é tão raro ver-te assim, rapaz, mas existes assim, e eu já te vi de outras vezes quando nem tu pareces saber que te mostras.
Beijos
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