os meus avós, no lado direito da fotografia, provavelmente num almoço no centro de trabalho de benfica, devia eu ter 5 anos. todas as outras caras fazem parte da minha infância e a única que ainda concorre ao grupo dos provavelmente vivos é a pequena sandra. encontrei a fotografia numa caixa cheia de postais, fotos e muita correspondência do meu avô em esperanto, da década de 30 ( que tem a particularidade de ser toda dirigida a mim, ou não tivesse eu o mesmo nome que ele). mas esta foto fez-me recordar um hábito do meu avô que me tinha esquecido completamente; "o diário", impecavelmente dobrado para caber no bolso do casaco - com o cabeçalho obviamente virado para fora - era uma imagem de marca, uma afirmação politica quotidiana.
Apr 20, 2007
abril.
os meus avós, no lado direito da fotografia, provavelmente num almoço no centro de trabalho de benfica, devia eu ter 5 anos. todas as outras caras fazem parte da minha infância e a única que ainda concorre ao grupo dos provavelmente vivos é a pequena sandra. encontrei a fotografia numa caixa cheia de postais, fotos e muita correspondência do meu avô em esperanto, da década de 30 ( que tem a particularidade de ser toda dirigida a mim, ou não tivesse eu o mesmo nome que ele). mas esta foto fez-me recordar um hábito do meu avô que me tinha esquecido completamente; "o diário", impecavelmente dobrado para caber no bolso do casaco - com o cabeçalho obviamente virado para fora - era uma imagem de marca, uma afirmação politica quotidiana.
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4 comments:
que cena fixe, a correspondência em esperanto. :)
lá em casa a leitura era o diário de lisboa e eu ostentava-o debaixo do braço quando atravessava a rua para a paragem do autocarro e passava mesmo em frente da igreja; se por acaso me cruzava com o padre, assobiava a internacional. >:)
acredita, até se conseguem compreender algumas frases e palavras, mas perco o sentido geral dos textos. alguns postais têm caligrafias lindas feitas a canetas de aparo. tenho que por aqui alguns postais.
ya, eu cresci com o diário de lisboa, era o jornal do meu pai e se ainda existisse hoje com a mesma linha editorial ainda seria o meu, quanto ao espirito anti-clerical era muito mais vivo na casa dos meus outros avós no alentejo.
pois, até hoje nenhum jornal me substituiu o DL.
fico à espera de ver esses postais.
:)
é tão raro ver-te assim, rapaz, mas existes assim, e eu já te vi de outras vezes quando nem tu pareces saber que te mostras.
Beijos
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